22 Janeiro - Mar Morto, Jorge Amado:
Mar Morto é da longa lista dos romances de Jorge Amado, um dos mais populares, não só no Brasil como em muitos outros países.
Romance de grande força lírica, considerado um verdadeiro poema em prosa, conta histórias de velhos marinheiros, de mestres saveiros, de pretos tatuados e de malandros que contam e cantam essas histórias da beira do cais da Bahia.
Conta a história de Guma e Lívia que é a «história da vida e do amor no mar» e como diz Jorge Amado «O povo de Iemanjá tem muito que contar». Inspirou a telenovela "Porto dos Milagres".
Romance de grande força lírica, considerado um verdadeiro poema em prosa, conta histórias de velhos marinheiros, de mestres saveiros, de pretos tatuados e de malandros que contam e cantam essas histórias da beira do cais da Bahia.
Conta a história de Guma e Lívia que é a «história da vida e do amor no mar» e como diz Jorge Amado «O povo de Iemanjá tem muito que contar». Inspirou a telenovela "Porto dos Milagres".
29 Janeiro - Samarcanda, Amin Maalouf:
Samarcanda é a Pérsia de Ornar Khayyam, poeta do vinho, livre-pensador, astrónomo de génio, mas também a de Hassan Sabbah, fundador da seita dos Assassinos, a mais temível da História.
Samarcanda é o Oriente do século XIX e do dealbar do século XX, viagem num universo onde os sonhos de liberdade sempre souberam desafiar os fanatismos.
Samarcanda é a aventura de um manuscrito nascido no século XI, perdido por ocasião das invasões mongóis e reencontrado seis séculos mais tarde.
Escrito no estilo colorido e poético dos velhos contos orientais, eis-nos perante um romance que é ao mesmo tempo uma apaixonada meditação sobre a verdadeira essência da Pérsia, aqui abordada sucessivamente em dois períodos cruciais da sua história:
A dominação da dinastia turcomana dos Seljúcidas, nos séculos XI e XII;
O dealbar do século XX em que despontam os anseios de reformas democráticas e de emancipação patriótica.
Na primeira parte, assistimos ao desabrochar do génio de Omar Khayyam, poeta, filósofo, matemático e astrónomo, em cujo livro de quadras, os Robaiyat, se espelha e refugia a natureza profunda da Pérsia, dilacerada entre o jugo do invasor e o fanatismo de um dos mais radicais avatares do xiismo, então nascente com autêntica feição nacional: a seita dos Assassinos.
Na segunda parte, redigida num tom onde a ironia se casa frequentemente com a amargura, narram-se as tentativas de afirmação nacional e democrática do povo persa, agora, no começo do século XX, sob o mando absoluto da dinastia autóctone dos Cajares, aliada às potências europeias, mormente a Rússia e a Inglaterra. Tentativas frustradas, porquanto norteadas por valores ocidentais, de cunho excessivamente nacionalista e empírico, alheios à tradição espiritual persa.
Em jeito de alegoria final e símbolo deste malogro, o Manuscrito de Samarcanda, que encerra os poemas escritos pelo próprio punho de Omar Khayyam. Irá afundar-se no Atlântico, enclaustrado no interior do Titanic, irrisório e trágico, florão da técnica ocidental. Ao ocultamento de tão perene rosto da Pérsia, seguir-se-á o desaparecimento da princesa Chirine, encantadora personagem feminina, guardiã da alma da sua nação e ao mesmo tempo anunciadora de um ressurgimento vindouro, de uma nova era em que o velho e o novo, o nocturno e o diurno, o visível e o invisível se caldearão para restituir à Pérsia a sua genuína face.
Uma vez mais, conduzindo-nos pela Rota da Seda através das mais fascinantes urbes da Ásia, Amin Maalouf deslumbra-nos com o seu extraordinário talento de narrador.
Samarcanda é o Oriente do século XIX e do dealbar do século XX, viagem num universo onde os sonhos de liberdade sempre souberam desafiar os fanatismos.
Samarcanda é a aventura de um manuscrito nascido no século XI, perdido por ocasião das invasões mongóis e reencontrado seis séculos mais tarde.
Escrito no estilo colorido e poético dos velhos contos orientais, eis-nos perante um romance que é ao mesmo tempo uma apaixonada meditação sobre a verdadeira essência da Pérsia, aqui abordada sucessivamente em dois períodos cruciais da sua história:
A dominação da dinastia turcomana dos Seljúcidas, nos séculos XI e XII;
O dealbar do século XX em que despontam os anseios de reformas democráticas e de emancipação patriótica.
Na primeira parte, assistimos ao desabrochar do génio de Omar Khayyam, poeta, filósofo, matemático e astrónomo, em cujo livro de quadras, os Robaiyat, se espelha e refugia a natureza profunda da Pérsia, dilacerada entre o jugo do invasor e o fanatismo de um dos mais radicais avatares do xiismo, então nascente com autêntica feição nacional: a seita dos Assassinos.
Na segunda parte, redigida num tom onde a ironia se casa frequentemente com a amargura, narram-se as tentativas de afirmação nacional e democrática do povo persa, agora, no começo do século XX, sob o mando absoluto da dinastia autóctone dos Cajares, aliada às potências europeias, mormente a Rússia e a Inglaterra. Tentativas frustradas, porquanto norteadas por valores ocidentais, de cunho excessivamente nacionalista e empírico, alheios à tradição espiritual persa.
Em jeito de alegoria final e símbolo deste malogro, o Manuscrito de Samarcanda, que encerra os poemas escritos pelo próprio punho de Omar Khayyam. Irá afundar-se no Atlântico, enclaustrado no interior do Titanic, irrisório e trágico, florão da técnica ocidental. Ao ocultamento de tão perene rosto da Pérsia, seguir-se-á o desaparecimento da princesa Chirine, encantadora personagem feminina, guardiã da alma da sua nação e ao mesmo tempo anunciadora de um ressurgimento vindouro, de uma nova era em que o velho e o novo, o nocturno e o diurno, o visível e o invisível se caldearão para restituir à Pérsia a sua genuína face.
Uma vez mais, conduzindo-nos pela Rota da Seda através das mais fascinantes urbes da Ásia, Amin Maalouf deslumbra-nos com o seu extraordinário talento de narrador.
5 Fevereiro - Os Filhos da Meia, Noite, Salman Rushdie:
Midnight's Children is a loose allegory for events in India both before and, primarily, after the independence and partition of India, which took place at midnight on 15 August 1947. The protagonist and narrator of the story is Saleem Sinai, a telepath with an extraordinary nose. The novel is divided into three books.
Book One
The first section details both the peculiar roots of the Sinai family and the earlier events leading up to India's Independence and Partition, connecting the two lines both literally and allegorically. Saleem is born at the exact moment that India becomes independent. From that point on, Saleem Sinai feels the pressure of his chronology and invests his life and narrative in describing the zeitgeist of his child- and adulthood.
Book Two
During his childhood, Saleem discovers that he, as well as all children born in India between 12 AM and 1 AM on August 15, 1947, are imbued with special powers. A significant portion of the plot details the attempt by Saleem to use his powers to convene the eponymous children. The convention, or Midnight Children's Conference, is in many ways reflective of the issues India faced in its early statehood concerning the cultural, linguistic, religious, and political differences faced by such a vastly diverse nation. Saleem acts as a telepathic conduit, bringing hundreds of geographically disparate children into contact while also attempting to discover the meaning of their shared miraculousness.
Saleem's Muslim family emigrates to Pakistan and back in the decades after the Partition, but during the Indian-Pakistan War Saleem simultaneously loses the majority of his family in an air raid.
Book Three
Saleem suffers an amnesia-inducing accident that lands him a curious position in the Pakistani army. Again, the strange trail of his life affect and are affected by the history of the Subcontinent as he participates in the 1971 war between East Pakistan and West Pakistan.
Saleem enters a quasi-mythological exile in the jungle of Sundarban, where he is re-endowed with his memory. He then returns to human settlements in Bangladesh, where he not only discovers old childhood friends from Bombay but also now slightly older Midnight Children. He accompanies one back to Delhi illegally, where, in failing to reconnect with the remnants of his biological family, he takes up residence (and a wife) in a ghetto of street performers and Communists. Meanwhile, Indian politics continues, and eventually reclaims him during the Indira Gandhi-proclaimed Emergency and her son Sanjay's "cleansing" of the Jama Masjid slum.
For a time Saleem is held as a political prisoner; these passages contain scathing criticisms of Indira Gandhi's overreach during the Emergency as well as what Rushdie seems to see as a personal lust for power bordering on godhood.
The Emergency signals the end of the potency of the Midnight Children, and there is little left for Saleem to do pick of the few pieces of his life he may still find and write the chronicle that encompasses both his personal history and that of his still-young nation; a chronicle written for his son, who is equally chained to history by birth but also possesses the potential for the miraculous.
Book One
The first section details both the peculiar roots of the Sinai family and the earlier events leading up to India's Independence and Partition, connecting the two lines both literally and allegorically. Saleem is born at the exact moment that India becomes independent. From that point on, Saleem Sinai feels the pressure of his chronology and invests his life and narrative in describing the zeitgeist of his child- and adulthood.
Book Two
During his childhood, Saleem discovers that he, as well as all children born in India between 12 AM and 1 AM on August 15, 1947, are imbued with special powers. A significant portion of the plot details the attempt by Saleem to use his powers to convene the eponymous children. The convention, or Midnight Children's Conference, is in many ways reflective of the issues India faced in its early statehood concerning the cultural, linguistic, religious, and political differences faced by such a vastly diverse nation. Saleem acts as a telepathic conduit, bringing hundreds of geographically disparate children into contact while also attempting to discover the meaning of their shared miraculousness.
Saleem's Muslim family emigrates to Pakistan and back in the decades after the Partition, but during the Indian-Pakistan War Saleem simultaneously loses the majority of his family in an air raid.
Book Three
Saleem suffers an amnesia-inducing accident that lands him a curious position in the Pakistani army. Again, the strange trail of his life affect and are affected by the history of the Subcontinent as he participates in the 1971 war between East Pakistan and West Pakistan.
Saleem enters a quasi-mythological exile in the jungle of Sundarban, where he is re-endowed with his memory. He then returns to human settlements in Bangladesh, where he not only discovers old childhood friends from Bombay but also now slightly older Midnight Children. He accompanies one back to Delhi illegally, where, in failing to reconnect with the remnants of his biological family, he takes up residence (and a wife) in a ghetto of street performers and Communists. Meanwhile, Indian politics continues, and eventually reclaims him during the Indira Gandhi-proclaimed Emergency and her son Sanjay's "cleansing" of the Jama Masjid slum.
For a time Saleem is held as a political prisoner; these passages contain scathing criticisms of Indira Gandhi's overreach during the Emergency as well as what Rushdie seems to see as a personal lust for power bordering on godhood.
The Emergency signals the end of the potency of the Midnight Children, and there is little left for Saleem to do pick of the few pieces of his life he may still find and write the chronicle that encompasses both his personal history and that of his still-young nation; a chronicle written for his son, who is equally chained to history by birth but also possesses the potential for the miraculous.
12 Fevereiro - As Cidades Invisíveis, Italo Calvino:
As Cidades Invisíveis (no original, Le Citté Invisibili) pertencem ao campo surrealista. O livro é estruturado como uma colectânea de 55 mini-contos matematicamente intitulados e enquadrados por fragmentos de conversas entre Marco Polo e Kublai Kan. A história que o sobrevoa e lhe serve de pretexto trata dos relatórios que Polo faz ao rei dos mongóis sobre as cidades que visita nas suas viagens pelo grande império do Kan. Mas, na realidade, o objectivo de Calvino é traçar-nos o retrato de uma série de cidades exemplares, e como tal fantásticas, perdidas num limbo espaço-temporal onde os bazares e as rotas de caravanas se cruzam com problemas de tráfego e arranha-céus, cada uma com uma característica que a marca e distingue (e que se reflecte no título do mini-conto respectivo), e todas com nomes femininos, chegando por vezes a assaltar-nos a dúvida se Calvino não estará no fundo a falar de mulheres e não de cidades.
A estrutura do livro segue um plano rigoroso. Há cinco contos de cada tipo, ou sobre as cidades de cada tema, intitulados como "as cidades e o [tema]. n.", com n a ir de 1 a 5. Os temas (11 ao todo) vão-se alternando também segundo um plano rigoroso que define a estrutura de capítulos (que são 9), cada um dos quais precedido e seguido de um dos fragmentos de conversa referidos acima. Nada disto é, naturalmente, por acaso. Calvino, atraés deste artifício, constrói o seu livro como que armado de régua e esquadro, como um arquitecto que constrói cidades.
As cidades, em si, são fascinantes. Todas são descritas em 1-2 páginas, e são todas exemplares, oníricas, surreais. Mas são duma riqueza tal que várias vezes assalta o leitor a vontade de conhecê-las melhor, de ler romances inteiros passados nelas, de andar pelas suas ruas (quando têm ruas) ou viver nas suas casas (quando têm casas). Chega-se ao fim do livro ao mesmo tempo satisfeito e insatisfeito, querendo mais, mesmo que com a consciência de que a maioria das cidades desabaria assim que se tentasse concretizá-las melhor.
É, sem dúvida, um livro a ler urgentemente por todos, até porque, ainda por cima, está muito bem traduzido do italiano com a competência habitual de José Colaço Barreiros.
As cidades, em si, são fascinantes. Todas são descritas em 1-2 páginas, e são todas exemplares, oníricas, surreais. Mas são duma riqueza tal que várias vezes assalta o leitor a vontade de conhecê-las melhor, de ler romances inteiros passados nelas, de andar pelas suas ruas (quando têm ruas) ou viver nas suas casas (quando têm casas). Chega-se ao fim do livro ao mesmo tempo satisfeito e insatisfeito, querendo mais, mesmo que com a consciência de que a maioria das cidades desabaria assim que se tentasse concretizá-las melhor.
É, sem dúvida, um livro a ler urgentemente por todos, até porque, ainda por cima, está muito bem traduzido do italiano com a competência habitual de José Colaço Barreiros.
19 Fevereiro - Lolita, Vladimir Nabokov:
"Lolita" é uma das obras mais polêmicas da literatura contemporânea universal. Muito arrojado para a moral vigente na época, o romance foi inicialmente recusado por várias editoras. O protagonista é o obsessivo Humbert, professor de meia-idade. Da cadeia, à espera de um julgamento por homicídio, ele narra, num misto de confissão e memória, a irreprimível e desastrosa atração por Lolita, sua enteada, de apenas 12 anos.
26 Fevereiro - Vasto Mar de Sargaços, Jean Rhys:
Não consegui encontrar o resumo... :(
5 Março - O Quarto Protocolo, Frederik Forsyth:
Kim Philby é levado para um encontro secreto com o maior dirigente soviético. Sua missão: formular um plano que permita aos comunistas ingleses chegarem ao poder através do Partido Trabalhista. O obstáculo: o acordo secreto entre as grandes potências (o quarto protocolo).
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